Estou tentando pensar em algo para dizer sobre esse filme. A história dos personagens parece menor do que a grandeza das imagens, o que é uma forma bastante sutil de expor um enredo. Talvez o maior problema do filme seja a centralidade da música ou devo dizer do “noise” que ele explora para compor o suspense e a grandiosidade. Tenho a impressão de que aquele modelo de som já foi muito usado em outros filmes do Nolan, como em “A Origem” ou “Batman”. Essa característica “video-audial” do filme é fundamental para seu aspecto videoclipe e, não sei se estou delirando muito, mas algumas cenas me lembram de O Paciente Inglês. Provavelmente isso é pura subjetividade.
O filme não escapa dessa coisa cretina de elogiar os vencedores, ou seja, a velha máxima de que a Guerra é contada pelos vencedores, como canalhas do tipo Churchil. Me fez desejar, honestamente, por um filme que mostrasse o lado trágico-heróico dos nazistas. Obviamente sou inimigo dos nazistas, porém, (há muitos poréns aqui), valeria a pena um entendimento menos maniqueísta da história e principalmente do fato que essa mesma perspectiva nunca foi contada do lado dos alemães. Além disso, nunca esqueçamos que o capitalismo é nazista sob vários aspectos.
Um ótimo filme.
Nota: 8,5
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